INFOGRÁFICO: como os EUA estão cercando a Venezuela em operação que ameaça Maduro

  • 08/11/2025
(Foto: Reprodução)
'Night Stalkers': o grupo de elite para missões secretas dos EUA A ameaça dos Estados Unidos à Venezuela tem aumentado gradativamente desde que o governo de Donald Trump anunciou uma operação militar contra o que chama de "narcoterrorismo" no Mar do Caribe e no Oceano Pacífico, em agosto. Autoridades dos EUA ouvidas pela imprensa afirmam que o objetivo seria tirar Nicolás Maduro do poder. Entre as ações mais recentes está o envio do maior porta-aviões do mundo para a região do Caribe. ✅ Siga o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp ▶️ Contexto: Em pouco mais de um mês, os EUA atacaram 18 embarcações no Mar do Caribe e no Oceano Pacífico, em ações que deixaram 70 mortos. Segundo o comando americano, os barcos pertenciam a organizações narcoterroristas. A operação começou pouco depois dos EUA dobrarem para US$ 50 milhões a recompensa por informações que levem à prisão ou condenação de Maduro. O venezuelano é acusado pelo governo americano de liderar o Cartel de los Soles, grupo classificado recentemente como organização terrorista internacional. Neste contexto, os EUA podem considerar Maduro um alvo legítimo ao anunciar ataques militares contra cartéis. O jornal "The New York Times" afirma que Trump já tem uma série de opções militares na mesa, incluindo ataques a autoridades venezuelanas e medidas para assumir o controle do petróleo do país. Já a revista "The Atlantic" afirma que Maduro estaria disposto a negociar a saída do poder, desde que recebesse anistia e garantias de segurança para viver no exílio. A Rússia diz estar pronta para ajudar Venezuela na escalada contra os EUA. O presidente Donald Trump vem justificando as ofensivas dizendo que cada embarcação bombardeada representa 25 mil vidas americanas salvas. Ele também admitiu que pretende realizar ataques terrestres contra cartéis de drogas, sem especificar quais países seriam alvo. "Bem, não acho que vamos necessariamente pedir uma declaração de guerra. Acho que vamos apenas matar as pessoas que estão trazendo drogas para o nosso país. Certo? Vamos matá-las." 🔴 No fim de agosto, os EUA enviaram vários navios de guerra ao Mar do Caribe, além de um submarino nuclear. Depois, caças foram deslocados para a ilha de Porto Rico, território norte-americano na região. Há duas semanas, bombardeiros americanos foram identificados sobrevoando a Região de Informação de Voo da Venezuela — uma área muito próxima do território venezuelano. Helicópteros militares da unidade de elite “Night Stalkers” também foram avistados na região. Em 2011, o grupo teve papel importante na ação que matou o terrorista Osama Bin Laden. Junto a esse cerco, estão bases militares que os EUA mantêm na região, além de estruturas de segurança cooperativa instaladas em aeroportos de países parceiros — dois deles ficam a menos de 100 km da costa venezuelana. 👉 Veja no infográfico abaixo a localização das bases militares americanas no Caribe e na América Central, além das movimentações recentes de forças dos EUA na região. Mapas mostram cerco dos EUA contra a Venezuela Dhara Assis/Arte g1 Segundo o chanceler Mauro Vieira, o presidente Lula deve manifestar “solidariedade regional” à Venezuela durante o encontro da cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) e da União Europeia (UE), neste domingo (9). Em uma reunião com Trump em outubro, Lula já havia se oferecido para ser interlocutor no diálogo entre EUA e Venezuela. Barco é bombardeado pelos EUA no Oceano Pacífico Departamento de Guerra B-52: a 'espinha dorsal' No dia 15 de outubro, três bombardeiros B-52 fizeram um voo em uma região muito próxima da Venezuela. As aeronaves sobrevoaram a chamada “FIR” — sigla em inglês para Região de Informação de Voo. Essa área está fora do território venezuelano, mas fica sob jurisdição do país. Por isso, aviões precisam se identificar ao controle do espaço aéreo da Venezuela. O B-52 é um modelo fabricado pela Boeing, com capacidade para realizar ataques nucleares. O avião carrega armas de alta precisão e pode voar por mais de 14 mil quilômetros sem reabastecer. É considerado a espinha dorsal da frota de bombardeiros estratégicos dos EUA. 👉 Confira a seguir detalhes do B-52. Veja ficha técnica do bombardeiro B-52 da Força Aérea dos Estados Unidos. Equipe de arte/g1 À época do sobrevoo, em entrevista ao g1, Maurício Santoro, doutor em Ciência Política pelo Iuperj e colaborador do Centro de Estudos Político-Estratégicos da Marinha do Brasil, disse que a manobra representou uma tentativa dos EUA de mostrar que estão muito próximos da Venezuela. “É uma provocação política, para dizer: ‘olha, eu tenho capacidade de invadir o teu espaço aéreo’. Mas tem também um objetivo militar, de treinar as tripulações. Quer dizer, isso é um ensaio geral para futuros bombardeios e um teste das defesas aéreas venezuelanas”, avaliou. Navios de guerra e porta-aviões gigante No dia 24 de outubro, o governo Trump anunciou o envio do USS Gerald Ford ao Mar do Caribe. Considerado o maior porta-aviões do mundo, ele partiu acompanhado de seu grupo de ataque, formado por três destróieres, esquadrões de caças F-18 e helicópteros. O porta-aviões tem capacidade para abrigar até 90 aeronaves, entre caças e helicópteros. A embarcação também conta com uma pista de pouso e decolagem que tem área três vezes maior que o gramado do Maracanã. A última atualização disponível, em 4 de novembro, indicava que o porta-aviões estava saindo do Mar Mediterrâneo e entrando no Oceano Atlântico. Em comunicado, o Pentágono afirmou que a missão do grupo de ataque na região é “ampliar e fortalecer as capacidades existentes para interromper o tráfico de drogas”, além de degradar e desmantelar cartéis latino-americanos. 👉 Veja a seguir detalhes do USS Gerald Ford. Conheça o USS Gerald Ford, maior porta-aviões do mundo e o mais avançado da Marinha dos Estados Unidos. Gui Sousa/Arte g1 Ainda em agosto, os EUA já haviam determinado o envio de sete navios de guerra, além de um submarino nuclear. A frota inclui: Três destróieres: navios de guerra menores que cruzadores, mas mais velozes e ágeis. Podem ser equipados com mísseis. Foram enviados o USS Gravely, o USS Jason Dunham e o USS Sampson. Dois navios-doca: usados para transportar fuzileiros navais, veículos e equipamentos, além de apoiar operações anfíbias. Participam da missão o USS San Antonio e o USS Fort Lauderdale. Um cruzador de mísseis: projetado para defesa aérea e antimíssil, com sistema de combate avançado. O modelo enviado é o USS Lake Erie. Um navio de assalto anfíbio: equipado para operar aeronaves de decolagem curta e pouso vertical e realizar desembarques com tropas e veículos. No grupo, está o USS Iwo Jima. Um submarino nuclear: capaz de atacar navios e submarinos inimigos, além de realizar ataques de precisão em terra, com torpedos e mísseis. Integra a frota o USS Newport News. 👉 Veja no infográfico abaixo as embarcações enviadas pelos EUA ao Caribe. Embarcações enviadas pelos EUA ao Caribe Dhara Assis/Arte g1 Porta-aviões USS Gerald Ford, navio principal do grupo de ataque USS Gerald Ford da Marinha dos Estados Unidos. Alyssa Joy/Marinha dos Estados Unidos VÍDEOS: em alta no g1 Veja os vídeos que estão em alta no g1

FONTE: https://g1.globo.com/mundo/noticia/2025/11/08/infografico-como-os-eua-estao-cercando-a-venezuela-em-operacao-que-ameaca-maduro.ghtml


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